A Elisa Fardilha do blog Fardilha’s, costuma no seu blog apresentar-nos “bocadinhos” do nosso país, ao que ela chama “Pelos caminhos de Portugal…”. Já vi lá muita coisa, descobri histórias e locais que não conhecia, ou passei a conhece-los de outra forma. Mas nunca vi lá a Ponte do Diabo. Por isso, em forma de reconhecimento e homenagem ao que a Elisa nos mostra regularmente do nosso país, publico este artigo fora do que é habitual neste blog e complementar ao blog da Elisa.
A Ponte da Misarela, também conhecida como Ponte do Diabo, é uma ponta de origem medieval que foi reconstruída no inicio do séc. XIX (antes das invasões francesas). Situa-se perto da foz do rio Rabagão (afluente do Cávado) na divisão dos concelhos de Vieira do Minho e Montalegre.
Segundo a lenda um malfeitor vivia nesta zona, e escapava sempre a justiça pois conhecia muito bem a geografia local e seus esconderijos. Mas certo dia perseguido por elementos da justiça, não conseguiu um esconderijo seguro antes de chegar as margens deste rio, bastante agitado durante o inverno. Desesperado, pois a sua captura estava iminente, pediu ajuda a Deus e ao Diabo. O Diabo atendeu aos seus pedidos, e a troco da sua alma, construiu uma ponte, por onde ele passou em segurança e logo de seguida ruiu, evitando a sua captura.
Anos mais tarde, já moribundo, confessou ao padre que lhe administrava a extrema unção o sucedido. O padre intrigado foi ao local, invocou o Diabo e fez o mesmo tipo de pacto… mas após a travessia, e antes do Diabo destruir a ponte, pegou em alecrim, molhou em água benta e salpicando o Diabo proferiu alguns exorcismos. O Diabo desapareceu deixando um forte cheiro a enxofre, mas a ponte tinha ficado intacta… até aos dias de hoje!
Esta ponte foi ponto de passagem das tropas de Soult durante a Guerra Peninsular, e zona de combate com a população local que lhes fez frente. Mais tarde, durante a Guerra Liberal, as tropas liberais sofreram aqui uma derrota perante as forças constitucionais. Não é de estranhar já que o Visconde de Montalegre era apoiante de D. Miguel I. Mais uma vez esta ponte teve um papel estratégico ao nível militar.
Localização da Ponte: ver no Google Maps.
Nas redondezas ainda recomendo visitar Montalegre, Pitões das Júnias (e fazer o percurso até ao mosteiro abandonado de Santa Maria das Júnias), Castelo de Monterrei (Espanha, junto a Verín) e ainda uma visita a Chaves. Se quiserem mais informações sobre locais a visitar, visitem primeiro o blog da Elisa Fardilha 😀
É um dos locais a visitar.
Já tinha andado a investigar sobre esta ponta, a história, como lá chegar, agora com as coordenadas fica mais fácil, só falta o principal, IR.
“Já tinha andado a investigar sobre esta ponta”?
Ponta? Que ponta? A ponta do PC Silva? Mas agora deu-se para isso? Anda a investigar as pontas dos outros!?
😀
O questiuncas quer atravessar a ponte de ponta a ponta! Logo tem de encontrar uma ponta para depois chegar a outra…
É claro que estava a referir a ponta esquerda da ponte e a ponta direita da ponte, sem esquecer a ponta do meio da ponte. Não percebem mesmo nada de pontas.
Bem… por este andar… a ponte… já não tem ponta por onde se lhe pegue…
Mas eu também sempre ouvi dizer, que não se aponta que é feio…
Ponta?…
Por acaso… para estes lados existe uma Pontinha… 😀 Ali para os lados do Colégio Militar…
É o que se pode arranjar… 😀
Quem conta um conto, acrescenta uma ponta 😀
Isso é que é falar… bora lá! 🙂
Lindo este teu gesto, a Elisa merece e já conheci muito do nosso Portugal quando vou ao blog dela.
Desconhecia a lenda diabólica 😛 e talvez me arrisque a ir um dia para esses lados, já que ando numa de explorar o nosso Portugal.
Obrigada pela partilha e parabéns aos dois!
fazes bem visitar este fantástico local! 🙂
Obrigado Manu!
Un lugar digno de ser fotografiado. Gracias.
Gracias!
Mas que bem…
Mas que belo….
Mas que história…
Mas que elogio…
Mas que reconhecimento…
Mas que “coisa mai linda!”…
Vou seguir a sugestão do PC Silva e já apontei no meu livro preto “Visitar a Ponte da Misarela, lá para os lados de Vieira do Minho e Montalegre”.
Já agora uma pergunta: Os acessos (para lá chegar) é algo que se faz bem? Ou é por caminhos de sobre e desce e ao longo de vários quilómetros?
Chegar a ponte é bastante acessível… há 2 sítios onde começar: um em cada margem. fotograficamente, eu recomendo começar na aldeia de Sidrós (Ferral, Montalegre) e descer até a ponte. O percurso é de pouco mais de 1km e passa pelo miradouro de onde tirei a 2a foto. depois é só descer lá. é fácil de fazer. mas se quiseres caminhar mais há uns percursos marcados a passar por lá 🙂
E não há desculpa para dizeres que não encontras: até deixei o link para o google maps! 😉
Obrigado!
Compreendido. Assim sendo, irei vê-la ao vivo e a cores e depois faço concorrência com as fotos.
😀
Agora não há desculpas 😀
Adoro o blog da Elisa, no qual fico conhecendo, tantos lugares, onde ainda não fui… um reconhecimento e homenagem, muito bonito e merecidíssimo, que aqui fizeste, do seu magnifico trabalho.
As imagens estão uma maravilha, e adorei o suporte informativo… com a lenda…
Estou a ver que esse alecrim daí, é bem mais poderoso que o meu… quando fores a esse lugar outra vez… traz-me uns pézinhos… 😀
Belos momentos, aqui registados! A panorãmica é linda!
Beijinhos! Desejando-te um bom Santo António, daqui para aí…
Ana
Pelos vistos encontrei um sitio que a Elisa não conhece… :O
Eu normalmente não recolho plantas por 2 motivos: aquele habitual de preservar as plantas e o mais importante é que sou alérgico 😀
Obrigado Ana!
Infelizmente não conheço essa maravilha!Já ouvi Estou “babando “de curiosidade!!!
Quem sabe, um dia…
SORTUDO!!!
Obrigada pelo destaque…Corei!
Beijinhos.
Então tens de lá ir… está a fazer falta no teu blog! 😀
Obrigado Elisa!